Gorgonzola: Brasil perde direito de usar o nome após acordo com União Europeia
Publicado em 16/06/2025 16:29
A partir do novo acordo de indicações geográficas (IG) firmado entre Brasil e União Europeia, produtores brasileiros de queijo não poderão mais utilizar o nome “Gorgonzola” em seus produtos. A decisão marca uma mudança significativa para o setor de laticínios nacional, que agora precisa se adequar às regras internacionais de proteção de nomes tradicionais.
As indicações geográficas são instrumentos que reconhecem a origem e a reputação de produtos ligados a regiões específicas. No caso do Gorgonzola, trata-se de um queijo azul tradicional da Itália, cuja denominação é protegida na União Europeia. O acordo firmado com o Brasil determina que apenas queijos produzidos na região original italiana podem ser comercializados com esse nome, impedindo que laticínios brasileiros continuem a usar a marca “Gorgonzola” em seus rótulos.
Para os produtores brasileiros, a proibição traz desafios imediatos. Quem já fabricava e vendia queijos sob o nome “Gorgonzola” terá de buscar novas denominações, como “queijo azul tipo Gorgonzola” ou criar marcas próprias, para não infringir o acordo internacional. A medida visa proteger o patrimônio cultural e gastronômico europeu, mas exige adaptação do mercado nacional, que precisará investir em comunicação e reposicionamento de produtos para manter a confiança dos consumidores.
A restrição não afeta apenas o nome, mas também reforça a importância de valorizar as origens e tradições de cada produto, estimulando a criatividade dos produtores brasileiros na busca por novas identidades para seus queijos especiais.
A importância da proteção de marcas e indicações geográficas
Para empresas, especialmente no setor alimentício, compreender e respeitar os direitos de propriedade industrial é fundamental. Marcas registradas e indicações geográficas não apenas protegem a reputação e o valor agregado de produtos tradicionais, mas também garantem segurança jurídica e competitividade no mercado global. O caso do Gorgonzola evidencia como a atenção à proteção de nomes e origens pode ser decisiva para a estratégia e o sucesso das empresas.
